Grupo Troupernas de Pau

Arcoverde é um município considerado a porta de entrada do sertão pernambucano. "Antiga povoação e sede do Distrito de Olho d’Água, situada no então município de Cimbres, Arcoverde passou por outras denominações como Olho D’Água dos Bredos e Rio Branco, enquanto foi parte do município de Pesqueira." (1)


(Foto: Bio Quirino)


Região rica em manifestações populares como a dança, teatro e a música, Arcoverde é berço de cantadores e poetas. Dentre eles destaca-se o Grupo Troupernas de Pau e Teatro, uma oficina permanente de equilíbrio e mobilidade em pernas-de-pau de Arcoverde.


(Foto: Bio Quirino)


Segundo Romualdo Freitas, criador e diretor do grupo teatral, "a maioria dos integrantes da equipe é remanescente do Grupo Espantalho, de Arcoverde, que já vem experimentando o exercício do teatro há 16 anos. Seguimos essa linhagem porque a cidade não tem espaço físico específico para teatro. As apresentações acontecem na rua ou em espaços alternativos. A idéia da 'Quadrilha' surgiu no São João de Arcoverde, em que a prefeitura promove artistas locais." (2)


(Apresentação do grupo folclórico pernambucano - Foto: Patricia Telles)


Durante as festividades de São João, o grupo teatral apresenta a peça "Quadrilha, um romance sertanejo". Os figurinos simples e coloridos ganham vida ao som de canções populares, como "Usina", de Mestre Ambrósio. (Clique aqui para ouvir a música).


(Foto: Bio Quirino)


"'Quadrilha' conta a história do romance entre Zé Bebelo, que não queria se casar por nada nesse mundo, e Quitéria, filha do coronel e a moça mais rica da cidade. Ela já está passando da idade de se casar e morre de medo de ficar para titia. Quando o pai de Zé, Sifrônio, está a ponto de esganar o filho para que ele case logo, eis que surge uma versão sertaneja do mitológico cupido, deus do amor. Em vez de usar flecha, ele atinge em cheio o coração do rapaz com uma baleadeira. Mais nordestino, impossível. Zé fica apaixonado no ato e só quer saber de ficar com Quitéria, mas o casal de pombinhos é flagrados em um 'amasso' pelas três maiores fofoqueiras da cidade, que tratam de espalhar aos quatro ventos que Quitéria perdeu a virgindade antes do casamento. 'Sou coroa, mas faço questão de casar moça', espalha aos quatro ventos. Não falta ironia nas cenas do casamento, celebrado por um padre mesquinho que cobra a cerimônia por hora, enquanto os personagens entoam uma música do padre Marcelo Rossi. Tem até uma prostituta que tenta impedir o casamento dizendo que tem um filho com Zé e um casal de cangaceiros que chega atirando para todo lado, mas nada impede que o amor culmine, claro, em uma quadrilha de São João." (3)


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Fontes:
(1) "Arcoverde" (Destinopernambuco.com.br)

(2) "Romualdo Freitas" (Uol.com.br/JC/teatro/coxia10.htm)

(3) "Troupernas" (Uol.com.br/JC/teatro/coxia10.htm)

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